quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sessão dupla II

Sábado novamente foi dia de sessão dupla no cinearte UFF, afinal como tenho trabalhos mil para entregar parece que minha mente diz: ah, sai de casa, perca uma meia dúzia de horas na rua, não ir ao cine desde quinta é muito tempo quando já estamos no sábado, você merece!



Primeiro, Budapeste.

Para minha sorte não fui esperando grande coisa, então consegui diminuir bastante o tombo. O filme não é de todo ruim, Budapeste é uma cidade linda, e a trama em volta da questão do reconhecimento da autoria é interessante: não basta ter para si mesmo que é bom, se ninguém lhe dá os parabéns não tem graça. Fora isso é bem pé no saco, o protagonista é aquele tipo que não te desperta nenhuma simpatia, mas também não é insuportável o bastante para ser divertido odiá-lo, ele é apenas um babaca, que, como tal, faz uma série de babaquices.


Depois, A bela Junie.

Um filme francês sobre o cotidiano de jovens em uma escola, basicamente seus amores e desamores, com a polemica de envolver relação professor-aluno, homossexualismo e suicídio. A personagem principal, como sugere o nome, é uma linda garota chamada Junie, que após a morte da mão, vai morar com os tios e estudar nesta escola, onde todos os garotos a disputam. Quando li isso na sinopse pensei logo que ia ser bem comedia romântica-clichê-adolescente, mas na real está mais para drama.

De contra apenas o fato de ter me lembrando imensamente Crepúsculo (quem viu o filme sabe que lembra-lo não é uma boa coisa): (1) todos são absurdamente brancos e com olheiras, que me pergunto se os maquiadores não eram os mesmos do filme de vapirinhos-teen, (2) o cara que se revela o grande amor de Junie guarda grandes semelhanças gritantes com o Edward/Cedrico, numa versão francesa, até na forma de atuar, a face paralisada tentando mostrar sei lá o que, (3) e, para completar as semelhanças, mostra um amor de tal forma intenso sem deixar claro como as coisas chegaram a tal nível de paixão.

Como personagem central gostei bastante da Junie (o Felipe odiou, rs), ela não é de forma alguma linear, por momentos você pensa que ela é super depressiva, afinal a mãe dela acaba de morrer, mas aí em outras horas essa impressão se quebra, ela é confusa e faz coisas que parecem contrarias ao que ela deu a entender que queria, e no final das contas se revela covarde, deixando passar a chance do que vê como o grande amor de sua vida, por medo de quebrar a cara. Enfim, uma personagem com a qual eu sou completamente capaz de me identificar!rs

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