Eu tinha um texto.
Um retrato repleto de uma noite de chuva desesperançosa.
Cinco dias depois a chuva me encharcou, mas não fez diferença.
Por algum motivo a perspectiva mudou.
Entender para quê?
Já que está escrito, segue, uma novidade nem tão antiga no tempo, mas distante no ser.
31/03/11
Hoje não tem lua, hoje só tem chuva.
Tédio não é mais a palavra, o que há é só a ausência, uma ausência tremenda, ausência de mim mesma, ausência da vida que deveria ter sido e não pode ser, a vida que retorna a bater na minha porta, como quem diz não saber porque foi embora. Mas ela já não era minha aquele tempo, ela permanece ausente em mim mesma, não é possível retomar o sonho após despertar.
Não há mais lágrimas, elas sumiram junto com o sonho. Não há mais verdades, não há mais mentiras, elas seriam muito reais, muito vivas. Nessa ausência de tudo a única realidade é a ausência.
Oh beibe, isso não é a Matrix!
Não há pílula nenhuma, azul ou vermelha, que você possa me oferecer para alienar essa realidade latente.
(Tomei uma pilula verde, let it be.)
UMA LUZ QUE ME ATRAI
Há um mês