quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sessão dupla

Aproveitando o feriadinho niteroiense, peguei sessão dupla no CineArteUFF.

Primeiro: Che.

Gostei bastante, fui temendo que fosse um filme para acabar com a imagem do Che ou endeusa-lo demais, mais não foi nem um nem outro, o filme mostra um Che durão e as vezes seco, porém fragil devido a asma, sempre correto, justo e sério com seus ideais. É interessante ver como foi a vida dos guerrilheiros, a importancia que era dada a educação dos que estavam lutando (diga-se de passagem isso é mais focado no filme do que o proprio treinamento militar, o que sugere a intenção de mostrar mais o “lado positivo”), a relação dos combatentes com os camponeses, que propriciaram o apoio popular para que a revoluçao desse certo (e sem o qual fracassou em diversos lugares). O filme também não deixa de fazer uma critica pesada aos EUA, mostrando-o como culpado de muitos problemas cubanos, porém mostra que a intenção não é uma filiação automatica com a URSS, mas sim construir um pais livre. Enfim, bem bacana, e a continuaçao vem por aí.


Depois, A Festa da Menina Morta

Te falar: foi a estrela da noite.

O tipo de filme que no começo você não entende nada, depois se pergunta que raios está fazendo ali, de repende rola uma puta sacada legal, então uma cena te choca, e outra, e outra... Acontece um dialogo-monologo muito bom, parece que fez sentido, mas então muda de novo, e então acaba.

No final você sente que não entendeu nada, as luzes acendem e as pessoas se levam para ir embora em completo silencio. Será que gostaram, será que não? Nem eu sei bem, mas fato que voltei para casa pensando nele, em toda a relidade tradicional rural brasileira mostrada e que foi responsavel por muitos contorcionismos nas cadeiras, a mistura de religiosidades, a loucura de um santo vivo, que é quase uma primadona. O que pode se chamar de “cultura tradicional” sendo invadida tanto por uma coisa norte-americana, mas principalmente pela coisa norte americana já deglutida pelos grandes centros, e que ao chegar nessas areas é tranformado de novo. A questão do incesto de novo, que parece ser o tema do momento. E tudo isso é apenas mostrado, o filme não tem uma intenção clara de ser explicativo, apenas expõe o decorrer de dois dias naquele lugar, sem buscar explicar o porque das coisas serem daquele jeito, como uma passagem de tempo e posições de camera diferentes das usuais.


Talvez amanhã irei novamente lá, assistir Pachamama. Vamos?


(texto sem revisão)

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